Em média, 2 pessoas morrem a cada 30 dias decorrente de acidentes de trabalho na Paraíba

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A cada 30 dias duas pessoas morrem em média decorrente de acidentes de trabalho na Paraíba.

Diariamente, o estado testemunha cerca de 15 incidentes laborais, resultando no afastamento de pelo menos cinco trabalhadores de suas funções devido a lesões ou enfermidades, de acordo com informações fornecidas pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho.

Com o intuito de sensibilizar a população para essa realidade preocupante, o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT13), a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PB) e outros parceiros estão promovendo a abertura do Abril Verde e o lançamento da Campanha 2024. Esta iniciativa será inaugurada nesta segunda-feira (01), às 16h, por meio de uma coletiva de imprensa na sede do TRT13, em João Pessoa.

Apenas em 2022, foram registrados 5,6 mil acidentes de trabalho na Paraíba. Nesse período, a média de dois trabalhadores perdendo a vida no exercício de suas funções a cada mês foi constatada. Esses dados foram coletados pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, no âmbito da Iniciativa SmartLab de Trabalho Decente, sob coordenação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil.

O Observatório indica que 1,6 mil trabalhadores paraibanos foram afastados de seus empregos em 2022 devido a acidentes de trabalho e doenças relacionadas ao trabalho. É importante notar que esses números consideram apenas trabalhadores com carteira assinada. Desde 2007 até 2022, foram reportados 35 mil acidentes de trabalho na Paraíba para empregos formais.

O procurador do Trabalho, Marcos Antonio Ferreira Almeida, destacou a importância do Abril Verde como uma campanha destinada a conscientizar toda a sociedade sobre a segurança no trabalho e a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

Almeida ressaltou: “Os acidentes de trabalho não impactam apenas o trabalhador afetado, mas também sua família, empregadores e a sociedade como um todo, pois têm implicações na economia, na saúde pública e na previdência social. Portanto, a prevenção deve ser uma causa abraçada por todos. Nesse sentido, o MPT conta mais uma vez com a colaboração de toda a sociedade.”

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